| Caracterização da Organização |
A actuação da Rede Europeia Anti Pobreza (REAPN) pode
ser definida em duas palavras: informar e influenciar. Desde 1991 que
uma das funções da REAPN é reunir e divulgar entre os agentes de solidariedade
social toda a informação dos Quadros Comunitários de Apoio em matéria
de políticas socias. Para além deste trabalho, a REAPN desenvolve investigações,
forma grupos de trabalho para analisar os fenómenos de exclusão e inclusão
social e emite pareceres sobre os problemas que identifica procurando
sempre influenciar os poderes políticos para a sua resolução.
Em 2001, um desses grupos de trabalho acompanhou a concretização do Plano
Nacional de Acção para a Inclusão (PNAI). Nesta matéria, a rede defende
que as políticas socias do Estado português não podem ser alheias à auscultação
da sociedade civil. "Mais do que trabalhar para os excluídos sociais,
devemos trabalhar com eles", refere Sandra Araújo, coordenadora técnia
da REAPN. A provar esta teoria a REAPN, organizou, em Fevereiro deste
ano, diversos encontros com os beneficiários do Rendimento Mínimo. O debate
juntou cerca de 300 beneficiários e teve como objectivo ouvir o que tinham
a dizer sobre a atribuição do rendimento. Sandra Araújo acredita que "é
necessário rever a política de aplicação do Rendimento Mínimo", mas não
vê com bons olhos a sua suspensão.
Mas não são só os políticos que estão na mira da REAPN. Todos os agentes
sociais, sejam eles associações privadas ou públicas de solidariedade
social, são grupos-alvo da intervenção da rede. Através acções de formação
e informação os técnicos da REAPN tentam reajustar as práticas de acção
social destes agentes às novas realidades e mudar algumas mentalidades
em relação aos fenómenos de exclusão.
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