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Medicina

O Grupo de Missão para a Saúde considerou que a aprovação de mais faculdades de Medicina ameaçará a qualidade das escolas já existentes, nomeadamente pelo facto de o número limitado de docentes médicos em Portugal significar que estes profissionais terão de ser utilizados em tempo parcial por mais de uma instituição.
Este grupo de trabalho, liderado por Alberto Amaral, ex-reitor da Universidade do Porto e director do Centro de Investigação e Políticas do Ensino Superior, defende que as propostas actuais para aumentar as vagas nas escolas públicas tradicionais e a criação de duas novas escolas em Braga e na Covilhã, a funcionar deste o início de Setembro, ajudarão a resolver a falta de formação nesta área. Mas, alerta, no futuro deverá haver algum cuidado para evitar o excesso de formação de médicos. Mais: esclarecem que, se se recorrer ao princípio geral de uma escola médica por cada dois milhões de habitantes, em Portugal o número certo de escolas seria cinco, contrariando, deste modo, as propostas de criação de escolas de Medicina de três universidades privadas: Fernando Pessoa, Vasco da Gama e Lusófona. A mesma comissão conclui que só apoiará uma proposta, seja ela pública ou privada, se melhorar, de forma clara, a qualidade do ensino médico em Portugal, devendo qualquer decisão basear-se numa análise rigorosa das propostas efectuada pela comissão independente.


  
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Edição:

N.º 111
Ano 11, Abril 2002

Autoria:

Ricardo Jorge Costa
Jornalista do Jornal A Página da Educação
Ricardo Jorge Costa
Jornalista do Jornal A Página da Educação

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