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Recortes

O Império das Corporações Profissionais

Torna-se necessário inserir as ordens profissionais nos mecanismos procedimentais correspondentes, de modo a retirar qualquer pretexto para que elas se arroguem o direito de controlar "a posteriori" a formação obtida pelos graduados nesses cursos. Nessa altura, a formação académica deve ser um dado inquestionável, devendo as ordens profissionais limitar-se a verificar as credenciais académicas dos candidatos. Em vez de pretenderem controlar o que as universidades ensinam (tarefa que pertence a outrem), os organismos profissionais só devem poder avaliar aquilo que é suposto que elas devem ensinar (nomeadamente deontologia profissional e técnicas profissionais), no estágio que todas deveriam ter mas não têm.

Vital Moreira
Público
04.12.01


Revisão do Secundário avança em 2002, mas sem todos os cursos tecnológicos

Dos 17 cursos tecnológicos que a revisão curricular do ensino secundário prevê - e que entrará em vigor 2002 - nem todos farão a sua estreia no próximo ano lectivo. É o caso das opções em áreas que são completamente novas em relação às ofertas actualmente existentes. Sem avançar números, o secretário de Estado de Educação, João Praia, avança como exemplo o curso de Conservação do Ambiente, inédito neste nível de ensino e que, por agora, existirá apenas no papel. Não será o único que ficará a aguardar o fim do processo de auscultação em curso.

Público
29.11.01


Ministério da Educação deve divulgar todos os dados

O Ministério da Educação deve divulgar todos os dados de que disponha de forma a permitir o debate aberto com todos os parceiros e não se limitar, apenas, a ser regulador, defende o professor António Nóvoa. (...)
Questionado pela agência Lusa sobre a recente divulgação, por parte do Ministério da Educação, dos dados dos exames nacionais do 12º ano, a partir dos quais vários órgãos de comunicação elaboraram rankings de escolas, considerou não haver justificação pára que os ministérios "guardem ou escondam para si dados". Até porque, diz, na actual sociedade não há outra alternativa. Mas não deixa de criticar a forma como os rankings das escolas foram elaborados: "De modo muito pobre, sem darem um retrato, com o mínimo de fidelidade, e não permitindo efectuar inferências".

Comércio do Porto
18.11.01


Ingleses pagos para irem à escola

Era a escola britânica com o maior índice de absentismo por parte dos alunos e, agora, figura entre as 200 melhores. Anna White, directora da Ridings School, no condado de West Yorkshire, na Inglaterra, contratada, em 1996, para resolver o problema, decidiu pagar aos alunos para comparecerem às aulas. Foi assim: por cada período sem faltas, cada aluno ganha cinco libras (cerca de 1600 escudos) e se chegar ao fim do ano sem faltas ganha mais 50 libras (cerca de 16 contos). Segundo noticiou o "The Mail on Sunday", os resultados estão a ser excelentes.

Jornal de Notícias
26.11.01


"Os portugueses não querem aprender"

Os Portugueses não têm tendência para aprender, nem para ensinar. A culpa é atribuível não só aos falhanços sucessivos e à ausência de visão estratégica das políticas educativas governamentais mas também à atitude laxista das famílias face à qualidade do ensino e à sua ligação ao mercado de trabalho.
A afirmação é de Marçal Grilo, ex-ministro da Educação, na sua intervenção na 9° edição do Euroformação 2001, organizada pela Associação Industrial Portuguesa nos dias 12 e 13 de Novembro, a qual foi subordinada ao tema "Desafios da Economia do Conhecimento".

Expresso
24.11.01


"Salário mínimo é vergonhoso"

A proposta do Governo em aumentar os salários de 2,5 por cento é vista pela CGTP como uma afronta à Administração Pública. Carvalho da Silva disse que o facto de o Executivo não ter tido mais 270 escudos para que o salário mínimo atingisse os 70 contos é vergonhoso.
O secretário-geral da CGTP criticou a recusa da CIP em assinar as propostas de aumentos salariais para a Função Pública. Carvalho da Silva explicou que a atitude da CIP, ao tentar inviabilizar o acordo, mostrou claramente que grande parte dos empresários portugueses e do sector financeiro quer fragilizar a Segurança Social, dizendo que esta não tem fundo.

O Dia
23.11.01


Economia portuguesa mais longe da Europa

No início da semana, números divulgados pelo Eurostat revelam que a economia portuguesa está a divergir face aos seus parceiros europeus desde 2000. A continuada perda de produtividade em relação aos parceiros europeus não é novidade, mas a este preocupante indicador junta-se agora uma redução do Produto Interno Bruto (PIB) per capita. No ano passado, o produto per capita português, expresso em paridade de poder de compra (PPC) baixou duas décimas percentuais, para 73,6% da média europeia.
Durante a década de 90, o produto português manteve sempre uma trajectória crescente, excepto em 1998, convergindo em oito pontos percentuais para a média europeia. Magra performance se se comparar, por exemplo, com a Irlanda que deu um salto de 76,8% para os 118,9%, acima da média europeia. Mas muito próximo do crescimento de rendimento grego e bastante acima do espanhol, que numa década, apenas viu o seu produto per capita aumentar um ponto percentual face à média europeia.

Semanário Económico
15.11.01


Alunos Não Sabem Interpretar Resultados em Matemática

Um estudo efectuado com alunos que realizaram o exame nacional de Matemática do 12º ano mostra que os estudantes não sabem ligar diferentes temas, produzir raciocínios demonstrativos, interpretar resultados e efectuar cálculos com destreza. Com o objectivo de conhecer as aquisições e as dificuldades dos alunos, o Gabinete de Avaliação Educacional (Gave) realiza diversos trabalhos em que averigua o comportamento dos estudantes relativamente a cada um dos itens das provas da 1ª fase, no conjunto de discentes de 50 escolas com exames do ensino secundário.

Público
20.11.01

  
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Edição:

N.º 108
Ano 10, Dezembro 2001

Autoria:

Redacção

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