Baseado na lenda de uma das mais reconhecidas personagens da mitologia grega, o Teatro do Bolhão vai repor “Édipo” no auditório da Academia Contemporânea do Espectáculo (Porto). Estreia a 12 de abril.

Diz a lenda que Édipo foi condenado à nascença pelos deuses a assassinar o pai e a casar com a mãe. A tragédia perfeita, segundo Aristóteles. “Esta nova encenação do texto clássico é o desejo que ele olhe a partir da sua realidade atemporal a nossa realidade do momento, sempre que ‘eternidade’ e o ‘efémero’ se cruzam: nos creontes frios e sofísticos, no parricídio do jornalismo barato, na relação esquizofrénica entre realidade e aparência, na ironia dos indignados que descobrem que os assassinos que procuram são eles mesmos, no desdém por seres que desconhecem o sentido da provação, na ideia de inevitabilidade do destino como máquina de propaganda, nas gerações sem emprego que nunca deveriam ter nascido, na esperança de que a queda pode não ser o aniquilamento mas a transição para uma consciência”, refere a companhia em nota de imprensa.

Com encenação do japonês Kuniaki Ida, “Édipo” conta com as interpretações de António Capelo, João Paulo Costa, João Cardoso, Pedro Lamares, André Loubet, Beatriz Frutuoso, Catarina Ribeiro Santos, Ismael Calliano, Ivo Luz, Joana Melo, Miguel Lemos, Pedro Roquette, Rita Lagarto e Rita Gigante.

ACE/Teatro do Bolhão
Praça Coronel Pacheco - Porto
4ªF a sábado, 21h30 | domingo, 16h
Até 6 de maio