Os estudantes do Ensino Superior estão a contrair mais empréstimos este ano. De acordo com a SPGM, citada pela agência Lusa, nos primeiros três meses deste ano, os alunos contraíram 1437 empréstimos com recurso a garantia mútua, num valor médio de 2,6% acima do ano letivo anterior.

A SPGM, uma holding de garantia mútua nacional, revelou que o valor total dos novos contratos – realizados entre 12 de janeiro e 31 de março – chegam aos 16,9 milhões de euros, tendo sido utilizados 2,24 milhões. Este ano, o valor médio dos empréstimos passou de 11,4 para 11,7 mil euros.

“Em menos de cinco anos letivos, o sistema nacional de garantia mútua viabilizou a concessão de crédito a 17.236 estudantes. O montante global dos contratos firmados por estudantes de licenciaturas, mestrados, pós-graduações ou de especialização tecnológica chegava aos 196,8 milhões de euros no final de março”, refere o comunicado. Os créditos em incumprimento situam-se nos 1,49%, equivalente a cerca de dois milhões de euros.

As sociedades de garantia mútua são instituições de crédito privadas, mutualistas, que dão garantias aos bancos e outras entidades em favor de empresas ou de pessoas individuais, para facilitar o seu acesso ao crédito. O crédito com garantia mútua para universitários, que tinha sido suspenso no início do ano letivo, regressou em janeiro.

Abandono idêntico a anos anteriores. A questão do abandono de alunos no Ensino Superior por falta de dinheiro tem feito correr muita tinta. No entanto, no final de uma reunião com os conselhos de Reitores das Universidades Portuguesas e Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, o ministro da Educação referiu que os números são semelhantes aos dos anos anteriores.

Citado pelo jornal Público, Nuno Crato disse que “não há sinais nenhuns de agravamento da situação por razões económicas” – “não queremos que nenhum estudante deixe de estudar por razões económicas; o que verificamos é que os números do abandono são idênticos aos dos anos anteriores”.