São cada vez menos os que procuram aulas de Português no estrangeiro. De acordo com números oficiais, a procura caiu 26%, ou seja, haverá menos nove mil alunos no próximo ano letivo, relativamente aos inscritos este ano.

Em declarações à TSF, o secretário de Estado das Comunidades não acredita que a redução esteja relacionada com o anúncio de uma propina anual de 120 euros para estas aulas, considerando que o facto “não tem significado relevante, visto que desde há muito damos por adquirido que há frequências que são bastante inferiores ao número de alunos matriculados”. José Cesário acrescentou que existe agora “um retrato mais real da situação dos cursos paralelos” na generalidade dos países, lembrando que em França, na Suíça e na Alemanha não houve uma baixa significativa no número de alunos.

Opinião oposta tem o conselheiro das comunidades portuguesas de Bordéus e Toulouse, que afirmou, também à TSF, que a quebra de inscritos está relacionada com as propinas de 120 euros, sublinhando que “as aulas de Português foram sempre dadas gratuitamente”. Álvaro Pimenta acrescentou que “é muito triste chegar ao ponto de estarmos a perder a nossa cultura e língua”, garantindo ter conhecimento de casos de pessoas que não se registaram por falta de dinheiro.