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Revista de Imprensa Internacional: destaques do “The Guardian” de 19 a 26 de Dezembro

Orientação profissional e literacia atingidas pelos cortes nos fundos escolares (26 Dez) 

Num momento de aumento do desemprego entre os jovens, está a ser negada a orientação profissional aos alunos que terminam o ensino obrigatório. As escolas estão a deixar cair os projetos para ajudar as crianças mais necessitadas a recuperar o atraso na leitura, na escrita e na matemática. E os professores de música, arte e desporto estão a perder os seus empregos, já que em algumas escolas os financiamentos para estas disciplinas sofreram cortes na ordem dos 80%. Uma investigação realizada pelo jornal “The Guardian” dá conta do impacto que os cortes orçamentais estão a ter na educação.

O secretário da Educação, Michael Gove, afirmou no ano passado que o Governo estava a “proteger a linha da frente” e que as escolas e as faculdades conseguiriam economizar mil milhões de libras até 2014, apenas cortando em funções de back-office.

Entretanto, a pesquisa realizada pelo “The Guardian” indica que as reduções dos orçamentos já estão a atingir a qualidade do ensino oferecido a todos os alunos em toda a Inglaterra, desde crianças aos adolescentes. Mesmo as escolas em bairros carenciados estão a ter que fazer cortes drásticos, apesar de terem recebido um apoio extra de 488 libras para cada criança beneficiária de apoio social escolar.

Como cortes de gastos estão a penalizar as escolas, apesar das promessas da coligação (26 Dez)

David Cameron comprometeu-se a defender a educação contra o pior dos cortes orçamentais, no entanto, algumas escolas esforçam-se para financiar recursos básicos.

O edifício da escola primária de Richard Lee está em condições terríveis de tal forma que quando os professores afixam um trabalho das crianças descobrem no dia seguinte que foi estragado pela humidade das paredes da sala de aula.

Uma escola em Coventry precisa de gastar 3,8 milhões de libras em reparos urgentes nos próximos dois anos, segundo as estimativas oficiais da autarquia. Este ano letivo, Nicola Harwood, diretor da escola, recebeu apenas 9 mil libras para as obras e foi-lhe dito que não esperasse muito mais no próximo ano.

Quatro salas de aula estão em ruínas por causa da humidade e uma está inutilizável por causa do bolor negro que se espalhou através do tapete, representando demasiado de risco de saúde para que as crianças se sentassem no chão para o tempo destinado à história.

Algumas vezes, os alunos tiveram que se mudar para os corredores da escola para continuar a ter aulas. Apenas um terço das janelas da escola são de vidro duplo e porque o edifício está localizado num declive as salas são frequentemente frias.

Em outubro, David Cameron disse no Parlamento que a coligação tinha tomado “decisões difíceis”, mas era “proteger” o orçamento das escolas e o financiamento por aluno, bem como aumentar os fundos das escolas destinados ao apoio social escolar. Um ano antes, o secretário de educação, Michael Gove, prometeu “proteger a linha de frente”. Mas, como sugere a investigação realizada, nas últimas semanas pelo “The Guardian”, a linha de frente na educação já está a ser atingida e algumas das crianças mais vulneráveis e adolescentes estão ser vítimas do peso dos cortes.

Professores do ensino primário renunciam depois de insultos aos alunos via Facebook (23 Dez)

A troca online, supostamente entre os professores na escola, causou revolta entre os pais, noticia a agência “Press Association”. Dois professores demitiram-se de funções numa escola primária depois de terem sido “apanhados” em comentários depreciativos, sobre os alunos aos quais lecionavam, via Facebook.

Os comentários publicados no Facebook foram impressos em papel e afixados perto da escola. Num desses comentários lia-se: “Não é de admirar que todos sejam burros... a endogamia deve danificar o desenvolvimento do cérebro.” Os detalhes sobre toda a questão permanecem confidenciais, por razões legais, mas a direção da escola já informou a comunidade que os dois envolvidos se afastaram de funções este mês. Mas está em curso um processo disciplinar a outros membros do pessoal educativo envolvido no caso.

a Página 03-01-2012


  
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