Mega-agrupamentos, a avaliação docente e os cortes salariais são as contestações prioritárias que norteiam a contestação agendada para dia 12 pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) no Campo Pequeno, em Lisboa.
O ministério pode “ter boas ideias, mas não os deixam pô-las cá fora”, diz Mário Nogueira que espera que a concentração marcada para este sábado seja “o primeiro dia do resto da luta” contra uma equipa ministerial que “não tem personalidade política”, cita a agência Lusa.
“Temos uma equipa [ministerial] que se limita a aplicar aquilo que são as normas que lhe são impostas pelas Finanças. Até podem ter boas ideias, mas não os deixam pô-las cá fora nem concretizá-las”, lamenta Mário Nogueira.
Em causa, continuar a denunciar as consequências dos encerramentos de escolas, que a Fenprof quer “cada vez mais criteriosos e não aritméticos”. “Tem que se saber bem o terreno que é pisado, as distâncias, as formas de acolhimento das crianças. Há crianças de seis anos retiradas das suas terras e deixadas o dia inteiro em localidades em que não têm outra forma de estar sem ser a que a escola lhes dá”, afirmou Mário Nogueira, em declarações à agência Lusa.
O dirigente sindical adiantou ainda que no dia 6 de Abril a Fenprof vai apresentar um estudo sobre os 84 mega-agrupamentos criados este ano e os resultados que tiveram, entre eles “os horários deitados abaixo e os problemas que estão a acontecer”.
“Uma vez mais está-se a empenhar a educação por causa de resultados orçamentais. Pode cortar-se mas não no que tem consequências”, criticou Mário Nogueira, indicando que a Fenprof teme que a reorganização do mapa escolar seja o mote para o despedimento de professores.
A avaliação de desempenho dos professores continua a ser objecto de contestação e é vista por Mário Nogueira como “uma coisa verdadeiramente atroz, que não é aceitável”. Sujeita a um modelo “muito burocratizado” e muito semelhante ao contestado anteriormente.
Lusa/A Pagina da Educação
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